O livro de Donald Wheeler – Entendendo a Variação: a chave para administrar o caos – literalmente mudou a minha vida, há 20 anos atrás. Comprei a edição de 1993 e li o livro na mesma noite, num hotel, nos Estados Unidos. Fiquei fascinado com as descobertas que ele me proporcionou.
Respire fundo, leia com atenção, e reflita sobre uma das suas assertivas:
“Para explicar o passado, basta uma boa conversa – para explicar o futuro, é preciso conhecimento”
A partir de então, todos os métodos e ferramentas que desenvolvemos na Qualitin levam em conta, rigorosamente, este ensinamento.
Ainda hoje, passados 20 anos, fico estarrecido quando assisto grandes empresas do varejo usando como principal referência um desempenho do mesmo mês no ano anterior – para em seguida explicar que este ano a Páscoa caiu no mês seguinte, e está explicada a diferença.
Wheeler ensina como separar ruído de informação…
Ou então um contador apresentar, com toda a pompa, os resultados deste mês – sem nenhuma referência ao que se espera para os próximos meses.
Wheeler diz que eles guiam o automóvel olhando pelo retrovisor…
O Sistema do Profundo Conhecimento, de Deming, é da mesma época, tem quatro componentes; o terceiro afirma, na mesma linha, que
“Informação não é conhecimento. Conhecimento é a habilidade de prever eventos futuros com o risco de estar errado, a partir da habilidade de explicar os eventos do passado sem erros.”
Ao analisar o desempenho da empresa, numa reunião mensal de diretoria, devemos ter como objetivo principal decidir se, face às informações recebidas, precisamos tomar alguma ação imediata, não para corrigir o passado, mas para melhorar o futuro. Tudo muda se, em vez de um ou mais números – informação digital – enxergarmos o gráfico da evolução dos últimos meses, e a projeção estimada para os próximos