MAPA DA ESTRATÉGIA: ESTÁTICO OU DINÂMICO?

Foi na virada do milênio que surgiram, entre nós, os MAPAS DA ESTRATÉGIA – formas de representação da estratégia de uma organização, preenchendo uma importante lacuna no processo de planejamento.

Bem feito, o MAPA veio a se constituir em imbatível ferramenta de comunicação. Como todo o símbolo, ou resumo, o crucial é conseguir ser sucinto e compreensível. Adotando o mapa como ferramenta da comunicação da estratégia, uma pessoa rapidamente se habilita a desenhá-los de forma mais simples e rápida. É como aprender datilografia, fazer rimas ou tocar gaita de boca. Treinando um pouco, fica fácil.

Num de seus livros – o terceiro que me caiu nas mãos – Kaplan e Norton adotaram um modelo de desenho de mapa, que passei a usar desde então. Com algumas pequenas variações, mas que se revelaram, para mim, como excelente resposta a algumas demandas que eu tinha dificuldade em atender.

Assim, adotei o primeiro nível (azul) para expressar os resultados para os empreendedores (lucro, crescimento, nível de risco), o segundo nível (verde), para identificar o pacote de valor para os meus clientes (qualidade, preço, agilidade, flexibilidade), o terceiro (amarelo), para caracterizar os macro-processos da organização e, finalmente, o quarto nível (laranja), para mencionar os ativos críticos (capital, conhecimento, equipe, rede de relacionamento).

Este mapa, assim descrito, é estático: ele descreve uma situação da empresa numa determinada época. Pode ser: a situação atual (3), a de uma fase passada (1: bons tempos!) ou uma visão futura (5).

A partir de um destes mapas estáticos é que desenho o mapa dinâmico, que mostra como foi a evolução até aqui (2), ou que mudanças precisamos implementar para chegar na configuração imaginada na visão de futuro (4).

A grande maioria dos mapas descreve a situação 4: o que preciso fazer para chegar num novo patamar de desempenho.  No campo amarelo, em lugar dos processos vão aparecer os projetos que os modificam. Entre outras vantagens desta metodologia, destaco:

  • é universal: serve para empresas que visam lucro, órgãos de governo, ONGs…
  • obriga a ligação entre projetos e processos: conscientizando as pessoas de que nada muda, enquanto eu não alterar o modo de fazer as coisas que faço hoje.
  • deixa claro o raciocínio básico da teoria do negócio.

De baixo para cima: a partir dos meus ativos (laranja), preciso ter bons processos (amarelos) para oferecer melhores valores para os meus clientes (verde); como decorrência, terei o resultado que os empreendedores necessitam (azul).

 

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