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Quando começamos a trabalhar com indicadores, e aprendemos a escolher os poucos realmente importantes, muitas coisas começaram a mudar – para melhor. Paramos de cobrar tudo, de todos, todo o tempo; e passamos a utilizar os indicadores vitais como se fossem contratos de gestão entre chefes e subordinados.
À medida em que os ITENS DE CONTROLE eram levados a sério – apresentados mensalmente, projetados para o futuro, os desvios sendo examinados com responsabilidade – foram também aparecendo excessos que, discutidos com profundidade, acabaram por nos dar uma visão mais abrangente e realista dos nossos processos.
O custo de manutenção foi um destes casos. O pessoal de produção passou a cobrar custos cada vez menores dos seus fornecedores internos – e o pessoal da manutenção era impiedosamente pressionado a baixar os custos, sem ter como mostrar que o custo zero era impossível ou caríssimo…
Então surgiu uma forma de raciocínio (teria sido um japonês?) que reequilibrou forças nesta discussão.
Definiu-se o custo total de manutenção como a soma de
Cr$ de custos de materiais +
Cr$ de custos de mão de obra +
Cr$ de rateios de custos de reformas +
Cr$ de perdas por minuto de equipamento parado preventivamente +
Cr$ de perdas por minuto com equipamento parado de forma inesperada
Ficou claro, para todos, que o importante era reduzir o custo total da manutenção. No exemplo da figura, no caso B se investiu em melhores em reformas, o equipamento parou menos, o custo total foi menor. No exemplo C, se economizou na reforma, e o custo total aumentou.
A dificuldade de utilizar este modelo era que a contabilidade nos mostrava o custo das manutenções, mas o valor da parada era muito difícil de ser consensado.
Aí, o pulo do gato: deixem o pessoal de produção arbitrar, livremente, o valor do minuto de parada. Se disserem que é alto, vai justificar maiores gastos na manutenção; se arbitrarem um valor baixo, o pessoal da manutenção economiza, as paradas aumentam – mas o custo total pode ficar menor.
Indicadores, KPI’s