Praticamente todas as organizações que conheço fazem, de alguma forma, uma prestação de contas anual. Pense no último relatório que você viu, ou no próximo que irá assistir, e tente classificá-lo na escala abaixo:
Nível Zero – relato exaustivo de tudo o que foi feito, no período, sem avaliação ou comentários mais importantes sobre a qualidade dos mesmos. Exemplos: atividades desenvolvidas por um ministério público, ou das competições das quais participou um departamento esportivo.
Nível Um – good News report – são reportadas as coisas boas que aconteceram, se mostram fotos de obras, se enaltecem os responsáveis e, às vezes, por descuido, até se mencionam os beneficiários das mesmas.
Nível Dois – o futuro a nós pertence – além das coisas boas que ocorreram, as coisas boas que acontecerão no próximo período: novos patamares de vendas, novas conquistas, obras e melhorias de instalações, normalmente sem muita preocupação com meios, cronogramas e outros dados enfadonhos.
Nível Três – compara o que foi feito com o que se pretendia fazer, inclusive mencionando, de forma superficial, algumas coisas que faltaram.
Nível Quatro – antes de ressaltar as façanhas futuras, se mostra o que não se conseguiu fazer, analisando as causas das falhas e mostrando como pretendemos impedir que as mesmas se repitam no próximo ciclo.
Nível Cinco – o relatório das 3 gerações – aprendi com os japoneses, no final do século passado. Lembra a existência de avô, pai e filho. Ao analisar as contramedidas ao que deu errado no ano passado (pai para filho), as compara com as que foram recomendadas no ciclo anterior (avô para pai). Se em dois anos consecutivos tivemos os mesmos problemas e pensamos nas mesmas soluções, a organização não está evoluindo.
Nota importante – o que sempre fizemos para não repetir erros, devemos fazer para repetir acertos. Alguns chamam isto de avaliação apreciativa. Outros, de novo paradigma da inovação.