Reflexões finais e Estilos de liderança

Dois temas na linha de frente: prontidão do conhecimento e ociosidade de ativos intangíveis.


 

Fig. 8.1

Ao longo dos capítulos anteriores rememoramos uma série de episódios reais, em que a gestão do conhecimento, em diversas épocas e formatos, era analisada à luz do fluxograma acima proposto.
Neste capítulo final, depois de algumas considerações sobre a influência da liderança  no processo, apresentamos dois enfoques no qual trabalhamos, no início de 2007:

  • a aplicação de ferramentas práticas para o controle da prontidão do conhecimento, em organizações de diversos portes;
  • a discussão do tema ociosidade de ativos intangíveis, uma seqüela inevitável da evolução do conhecimento em organizações que aprendem, sempre sujeitas aos riscos de se desenvolverem acima dos níveis em que podem usufruir, de forma econômica, do novos níveis de conhecimento conquistados.

 
Qualidade se faz com a cabeça e com o coração: a perfeição estará, sempre, no equilíbrio
Qualidade se faz com a cabeça e com o coração – é um dos lemas ocultos do PGQP.
O troféu do prêmio da Qualidade tem as versões bronze, prata, ouro e diamante; mas a sua forma é a mesma, com o mesmo significado.
Observe a figura 8.2: o troféu pode ser a cabeça, ou estar sobre o coração da pessoa.
A perfeição estará, sempre, no equilíbrio.

-“Esta não é a esposa do rei” – explicou o inventor. “A rainha de todas as batalhas é o espírito de luta do povo. Experimente jogar sem ela…”

Para quem gosta de matemática, o prêmio que o inventor pediu foi apenas um grão de trigo, pela primeira casa do jogo, o dobro pela segunda, e assim por diante, até a sexagésima quarta.
O rei achou pouco, mandou pagar – mas descobriu, horrorizado, que nem todo o trigo produzido no mundo, em todos os tempos, seria suficiente para remunerar o inventor.
Não lembro do final da história. Se fosse na novela das oito, o inventor teria  casado com a princesa.


 
Jogue o tetraedro como quiser, e pense que, importante, é o que fica para cima.
Às vezes, é a liderança.


 
Muito se tem falado e escrito sobre liderança. Na grande maioria das vezes, o líder é caracterizado como um ser formidável, causa de todos os erro e acertos…
O Monge e o Executivo e Empresas Feitas para Durar se tornaram best-sellers mostrando exatamente o contrário. Mas, apesar de seu êxito e sucesso de vendas, são grãos de areia na praia do endeusamento dos Jacks Welchs da vida.
Quantos jogos o seu time perdeu, porque o treinador insistiu em manter aquele craque desmotivado ou fora de forma, a pretexto de que poderia, a qualquer momento, decidir o jogo?
Na semana passada assisti a um dos jogos mais empolgantes da minha vida. Meu time, o Grêmio, precisava ganhar uma semi-final por 4×0. Fez 3×0 no primeiro tempo, fez o quarto gol no segundo, e administrou o final da partida. Se o adversário fizesse o 1×4, estaríamos fora.
Em todos os comentários, ninguém destacou um herói. Nem jogador, nem treinador, nem presidente. Foi a vitória do coletivo, do espírito de luta.


 
Lembra da história da invenção do xadrez? Pois era uma vez um rei que tinha perdido um filho, um príncipe, numa batalha, e prometeu um prêmio fabuloso a quem o aliviasse da dor da perda.
E um cidadão inventou o jogo de xadrez, no qual se aprende que, às vezes, é preciso sacrificar um príncipe, para ganhar uma batalha. Na primeira versão, quem estava entre os cavalos e a família real eram príncipes, vizires. Depois viraram bispos, adivinhem por influência de quem…
O rei se empolgou pelo jogo, ficou consolado, mas estranhou que a Rainha tivesse tanto poder.


 

Quando descobrimos a Nova Mensagem da Qualidade, o mais difícil, onde mais erramos, foi em compreender que éramos, apenas, facilitadores….

 
A imagem que mais nos ensinou a lidar com este dilema foi a do kuroko – o “ponto”, do teatro, aquele camarada fica escondido do público, longe das luzes, para “assoprar” algo quando o astro falha.
Na engrenagem do resultado (estratégia), gestão (organização) e conhecimento, o líder é o motor. O facilitador é o lubrificante.


 
Experimente colocar o facilitador no tetraedro. A pirâmide  perde a firmeza, se desequilibra. Eu não consegui.
Os livros acima mencionados mostram que os grandes líderes da história foram – e são – facilitadores.
Ninguém, até agora, descobriu quem foi o responsável pelo 4×0.


 
Alguma vez, li um texto que dava a percentagem (muito alta) do PIB mundial que é obtida por transpiração.
A transpiração precisa ser otimizada, através da correta dosagem das pontas do tetraedro.
Os livros glorificam os heróis.

O mundo, que é plano, pode ser mais simples.

 
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